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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Elasse, It is the end my friends



Chegamos ao fim de mais uma volta mais uma viagem, desta vez pautada por uma grande actividade social dado os encontros com a concorrência e com a irmandade.

Obrigado a todos pelos vosso comentários e ate a vista.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A Travessia ou Era uma vez no Oeste ou O Dia da Besta

Quando chegamos na carcassa-dormitório a Ko Tao pensamos que as nossas experiencias nauticas teriam atingido o seu auge. Tao enganados que estávamos !!!
Ainda com a paz de espírito no sitio, vemos chegar a nossa boleia de regresso ao continente, este hermoso catamaran.

Ainda não tínhamos alcançando a dimensão total da pergunta "Costumam enjoar?" feita pela nossa estalajadeira quando nos deixou no porto e se despediu com o seu sorriso largueirão de sempre.
A viagem seria curta e nos quisemos apreciar os últimos momentos da paisagem marítima destas costas e portanto ocupamos juntamente com as mochilas um lugar na varanda do deck superior.
Assim que o barco deu inicio a sua travessia percebemos que tínhamos embarcado num touro enraivecido pior do que o mais feio das feiras populares.
Rapidamente percebemos também a razão de ser do comentário, "hoje esta um pouco de vento e ha ondas , talvez cheguem um pouco mais tarde".
Assim que entra em mar aberto o barco desata aos saltos, insano, ora atingido o cume do Everest ora mergulhando ate as profundexas da Fossa Abissal.
Era a loucura, os incautos passageiros gritavam de "êxtase" entre projecões de vómitos.
Os hospedeiros desta embarcação tinham como única tarefa distribuir sacos de plastico e papel higiénico.
Nos agarravamo-nos como podíamos tentando controlar o galope louco das mochilas que tentavam voltar para terra firme.

Finalmente decidimos assistir a danca a coberto da cabine inferior. A tarefa revelou-se algo dificil pois tinhamos que arrastar as mochilas por uma escada aberta ao mar e entrar numa porta que nao se decidia entre o estado de fechada ou aberta. Com alguma ginastica, fisica e mental, la conseguimos atingir o objectivo.

Apesar da resistencia dos hospedeiros (com receio de lançar o panico geral) a tita era a unica que tinha conseguido um colete e era olhada com inveja pelos outros passageiros entre vomitos para o saquinho.

Agarramo-nos a um poste e infrentamos a BESTA com punho firme!!! A calvagada prosseguia entre saltos, mergulhos e splashs de ondas nas janelas do barco. O facto de um hospedeiro numa tentativa de acalmar as hostes ter dito que aquele era o primeiro catamaram da companhia e que tinha mais de dez anos nao resultou e seguiram-se mais uns quantos saquinhos cheios.

Os nossos estomagos, apesar de rodeado por regurgitantes mantiveram-se firmes e hirtos como uma barra de ferro.
O ar dentro da cabine era um pouco abafado e mal cheiroso pelo que assim que a fera amainou um pouco voltamos ao ar fresco da cobertura, agora sem as mochilas, o que nos permitiu apreciar o resto da cavalgada.

Depois de mais sete horas de autocarro provocadas pela greve dos comboios, chegamos a Bangkok as tres da manha entregando os ossos cansados ao hotel Swan (uma perola baratucha com piscina no meio de Bangkok).

Hoje, ultimo dia deste periplo asiatico, vamos dedicar a mais uma passeata por Bangkok e aos seus divinais camaroes gigantes de Chinatown.

Partimos depois das doze badaladas (para nao ser dia 11 de Setembro) com uma paragem para um prometido pequeno almoco reforcado em London City na companhia da Susana.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ko Tao


Depois de uns dias nas praias mais sociaveis de Railey partimos para Ko Tao, a ilha Tartaruga, perdida no mar da china.
Para aqui chegarmos foi preciso um long tail boat, um taxi de caixa aberta, um aircon bus e "o" cargueiro da meia noite.
Um andar para a carga encimado por uma pousada da juventude com colchoes a cobrir todo o chao.


A malta la se arranjou tentando garantir o maior espaco almofado possivel.
A viagem correu com o embalo do sono pelas poucas ondas deste mar azul.


Ao abrigo do nascer do sol desembarcamos na vilazeca composta por meia duzia de ruas por onde deambulamos ainda meios embalados entre saris, lojas de mergulhos torradas e cha a espera do pickup. Mais uma caixa aberta desta vez 4x4 que nos levou ao extremo nordeste da ilha por caminhos ate ao aconchego sereno do Rock View Resort.

Um recanto isolado, com bungalows a espreitar um vista maravilhosa de rochas palmeiras e mar.

Os dias passavam-se tranquilamente entre o espreguicar do pequeno almoco, o espreguicar do almoco e o espreguicar do jantar. Pelo meio davamos um bocado a perna para podermos voltar a espreguicar com vontade.

Os dois lados da moeda



Foram precisos dez minutos para nos enfiarmos na agua e percebermos que a accao estava toda submersa. As boas vindas foram dadas por um cardume gigante de anchovas nada timidas atraves do qual tivmos de abrir caminho quase a catanada.

(A mancha escura que nos rodeia nao e sugidade mas sim milhares de peixes em confraternizacao)
O fundo do mar esta repleto de corais de multiplas cores que vao sendo mordiscados por todas as especies de peixes multicolores que por aqui abundam. A experiencia a semelhante a estarmos dentro de um aquario do tamanho do mar, o silencio amordacado das profundezas envolve-nos constantemente e todas as energias dos sentidos se centram no olhar atento a tudo o que mexe e ondula.
Dado que a maquina de capacidades subaquaticas se assustou com tanta peixeirada e resolveu deixar de funcionar eis uma pequena dramatizacao das imagens que nos arrebatavam todos os dias ( a falta de lapis de cor recorremos as bolachas)

Como o ar das profundezas era algo rarefeito e de vez em quando chovia ao anoitecer aqui ficam alguns devaneios.

A noite abraca-nos suavemente e nos entregamo-nos a sua maravilhosa ausencia do concreto.
Corremos os seus contornos difusos sem a pressa de chegar a lugar algum.
As pedras sao da cor do sol e o mar emita infantilmente o verde do ceu. Nas imediacoes tres ou quatro pes procuram os sapatos enterrados na areia pelo seu cao amestrado. Um barco chega no mesmo instante em que parte e os seus passageiros apressam-se a comprar os bilhetes para embarcar em terra firme. Ao largo, mais duas embarcacoes aguardam ao abrigo das suas sombras que a mare vaza os deixe aportar por natureza. Dois passarocos propulsionados a preguica descansam os olhos numa varanda altaneira preparando-se para a longa travessia que se avizinha.
A luz retira-se em meditacao buscando iluminacao superior.
O horizonte estremece como que anunciando a partida da indefinicao confortavel da imaginacao.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Nao ha titulo para isto

Depois de alguma peripecias relacionadas com embarcacoes e pirataria por elas praticada nesta zona do globo, la nos conseguimos instalar no lado underground de railay , Ton Sai Beach.

Um ajuntamento de bungalows no meio da floresta com iluminacao apenas entre as seis da tarde e a uma da manha, chuveirinho frio e mosquiteiro maneiro.

Depois de assentarmos arraiais fomos explorar. Rapidamente percebemos a dinamica do sitio, de manha com a mare alta banhavamo-nos por Ton Sai, com a mare em baixa e os pedregulhos a visitarem Ton Sai contornavamos o monte separatista e davamos um pulinho a railay West ou Phra Nang que continuavam a permitir a navegabilidade do corpo.

Ao segundo dia decidimo-nos por uma investida em mar aberto, alugamos um kaiak juntamente com o Piedro (homonimo espanhol com quem partilhamos o saque entre krabi e ton sai) e ala que se faz tarde. Objectivo : Chicken Island.
A Tita afiambrou-se ao lugar do meio logo que percebeu que a esse nao se destinavam remos.

Duas horas de tchack tchack e chegamos aquelas praias muito feias e cheias de gente onde a tolha do vizinho se aconchega calorosamente aos nossos pes.

So e pena que a hora em que chegamos tinham todos ido almocar fora ou entao assustados pelos cartazes acotevelavam-se alguros num dos majestosos pinaculos que nos rodeavam.

(A Tita a tentar evacuar)

Nao se via vivalma a nao ser debaixo de agua mas e essas eram um bocado escamosas.

Andamos por ali a saltitar de praia deserta em praia deserta, preguicando, mergulhando, dormitando etc, tudo aquilo que se deve fazer numa praia deserta com aguas cristalinas, um sol torrido e uma paisagem que apetece sorver ate ao tutano.

O regresso foi dificil, mas umas nuvens cinzentas que pareciam tambem querer um pouco de praia deserta para elas fizeram-nos dar ao braco para chegar ja com a noitinha a ton sai. O dia teria sido perfeito se a preguica nao se tivesse instalado tao violentamente, por momentos dormitamos no bungalow, quando despertamos, o jantar nao saia da nossa mira. Depois de percorrer todos os restaurantes da praia (3)e em todos recebermos a resposta de que estavam a fechar tivemos que nos contentar com umas massas instantaneas mal amanhadas.

A falta de alimento fisico restou-nos o do espirito que por vezes tambem enche a barriginha e para a ceia comemos umas memorias de areis finas acompanhadas por rochedos a boiar num molho denso de cristalina indolencia.

Como a nossa costela activa de repente desperta e estando rodeados por tao impressionantes rochedos resolvemos dar uso ao material que carregamos durante as ultimas semanas, assim comecamos por um boulder, escalada rasteira com vista para o mar seguido de mais alguma da vertical.

Para esta ultima tivemos que alugar uma corda e mais algum material pesado. Esta necessidade vez com que nos tivessemos que restringir aos graus mais baixos, 5 e 6a pois o estado avancado de decomposicao do dito cordame fazia aumentar dois a tres niveis o grau psicologico da via.


Assim pe ante pe la fizemos o gosto ao dedo. A escalada por aqui e bastante forte, tudo extraprumos onde o muscalo e solicitado ate a exaustao, a tecnica ajuda mas nao faz milagres.

Como os nossos corpitos tem acumolado alguns musculos preguicosos, a coisa nao durou muito tempo, apenas o suficiente para podermos dizer We rocked in Krabi, man!!!
No regresso o por do sol manifestou-se com todo o seu vigor deixando-nos de rasto na praia.




O dia seguinte tambem se propiciou a mais uma investida matinal ao rochedo rasteiro seguido de banhos continuados ate a um almoco frugal.


Com o inicio da tarde a chuva manifestou-se com alguma intensidade, nada que causasse perturbacao, mantivemo-nos ao abrigo da rocha da praia de pra nang e acabamos com a praia so para nos, olhando as nuvens que passavam num corropio desnecessario pois o tempo tinha feito uma pausa para uma massagem nos pes.

Movemo-nos agora para Surathani onde vamos apanhar um barco de camarata comum que nos levara noite adentro ate a ilha de Ko Tao.

Algumas curiosidades mais:
Piratas das Caraibas

Crab Art

Oferendas para a sorte na pesca (falta saber pesca de que)


P.S.> Como em Surathani nao se passa nada e a embarcao so zarpa as onze da noite conseguimos uma internet baratuxa e actualizamos esta coisada toda (angkor incluida) com fotos, bideos e o caneco.